OFICINAS NÓIS NA MALA





A ARTE NARRATIVA NA SALA DE AULA: 
PROFESSORES CONTANDO HISTÓRIAS

Apresentar possibilidades de relação entre a contação de histórias e a prática educativa.

A Cia de Teatro Nóis na Mala é formada por artistas que também atuam na area da educação. Assim, esta característica na formação do grupo influencia totalmente sua produção, trazendo sempre em suas obras a perspectiva educativa. Ao mesmo tempo a prática artística, nota-se no grupo, influencia diretamente as atividades pedagogicas de cada integrante, isto é, o fato de ser contador de histórias auxilia em seu desenvolvimento como educador.

Baseada nessa experiência, no estudo de alguns filósofos da educação e nas discussões sobre as relações entre práticas artística e educativa, a Cia Nóis na Mala elaborou este projeto de Oficina de Contação de História para Professores com o intuito não de torná-los artistas contadores de histórias, mas de investigar as relações entre as atividades docentes e o ato da contação de histórias. Trata-se de acessar os recursos narrativos que todos já temos e manifestamos em situações cotidianas, nas quais estando relaxados tornamos nosso discurso interessante. O ato de contar histórias sempre esteve presente nas sociedades como forma de diversão, troca de conhecimentos e saberes e também de congregação social. A ideia, neste projeto, é olhar para essas características e recursos, colocando-os em prática para que sejam assimilados e possam ser utilizados em situações de sala de aula com intuito de tornar a aula uma efetiva troca de experiências e conhecimentos.

Nessa oficina os participantes terão contato com recursos do teatro como jogos teatrais, improvisação, consciência corporal e vocal, bem como com recursos intelectuais como textos de apoio para reflexões, análise literária e discussões em grupo.

BRINCANDO COM SEU ZÉ: 
OFICINA DE JOGOS E BRINCADEIRAS DA CIA DE TEATRO DOIS NA MALA


“- Pra entrar na casa do Zé
você tem que bater o pé
-Pra que?
-Pra entrar na casa do Zé
- Bate o pé!-Pra que?
- Pra entar na casa do Zé”  

Nessa Oficina de Brincadeiras Infantis a Cia de Teatro Nóis na Mala convida as crianças para aprender as brincadeiras que nos foram ensinadas pelo Seu Zé, um velhinho que mora no interior e gosta muito de contar causo, tomar café, comer pipoca e brincar as brincadeiras de sua infância. As brincadeiras do Seu Zé são simples e só necessitam da companhia de outras pessoas que também gostem de se divertir para acontecerem.

"(...) a criança quando brinca aprende a se expressar no mundo, criando e recriando novos brinquedos e, e com eles, participando de novas experiências e aquisições. No convívio com outras crianças trava contato com a sociabilidade espontânea, ensaia movimentos do corpo, experimenta novas sensações." (Paulo de Salles Oliveira. O que é Brinquedo). 




CONTAR E TER HISTÓRIAS PARA CONTAR: 
CRIANÇAS TROCANDO EXPERIÊNCIA COM A CIA DE TEATRO DOIS NA MALA

Aproximar potenciais narradores ao universo da contação de histórias como meio para a troca de experiências entre si e uma comunidade de ouvintes, seja em espaços apropriados para apresentações artísticas ou espaços cotidianos.

Segundo Walter Benjamin “Por mais familiar que seja seu nome, o narrador não está de fato presente entre nós, em sua atualidade viva. Ele é algo de distante, e que se distancia ainda mais.”(BENJAMIN:1994, p.196). O narrador citado por Benjamin é o contador de histórias, aquele que realiza o intercâmbio de experiências dentro do meio social que habita, aquele que mantém viva a memória e cultura de seu povo através da transmissão de histórias, causos, anedotas, lendas e fábulas. Num país de grande extensão, como o Brasil, encontramos uma diversidade infinda de narrativas populares que resistiram até os dias de hoje através da transmissão oral. Narrativas influenciadas por questão geográficas e pela diversidade de matrizes étnicas, além da individualidade de cada narrador. Assim, este projeto busca investigar as referências de cada participante da oficina e estimulá-los a construir narrativas através do contexto do qual fazem parte.

Como passo inicial pretende-se realizar um levantamento dos saberes dos participantes. Conhecer o que eles já tem e carregam consigo de referências narrativas. A partir daí começaremos a realizar o processo de trabalho, expondo aos aprendizes o que faremos: cada um realizará a proposta de uma narrativa a ser trabalhada durante a oficina, para ser recriada e transcriada, mas sem perder a essência e o sentido da proposta inicial. Influenciados pelo saber da tradição popular que nos diz: “quem conta um conto, aumenta um ponto”; pretendemos estimular cada narrador à colocar um pouco de si e do seu contexto enquanto expõe uma história, seja ela qual for, à uma platéia.


Os participantes serão encaminhados a elaborar meios de criar ambientações e climas emocionais durante uma narrativa através de recursos sonoros (orais e/ou instrumentais) e gestuais. Estimularemos os participantes a entender as estruturas narrativas e a possibilidade de construção simbólica para que possam, com base em seus contextos e referências contarem quaisquer histórias da maneira deles. Finalizadas as criações, estas serão compartilhadas com uma platéia alheia ao trabalho e debatidas com esta para fechamento do processo de aprendizagem.

Ao final da oficina pretendemos que os participantes estejam mais próximos e familiarizados com o universo da tradição narrativa, sendo, assim, potenciais narradores. Serão continuadores, compartilhadores de experiência.





(11) 2273-2053/ (11) 99367-6373[Claro]/ (11) 98703-0199[Tim]
noisnamala@gmail.com


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