SAMBA PARA CONSTRUÇÃO

Espetáculo de Teatro de Rua 
"Samba pra Construção"

Bruno Cordeiro e João Alves. II Celebração 1º de Maio, Arsenal da Esperança 2014.


A pesquisa do Samba começou em 2013, por estarmos interessados em pesquisar teatro de Rua. Desde então estamos trabalhando em nossa formação técnica e poética e na criação desse espetáculo de rua que apresenta pedreiros-palhaços discutindo a especulação imobiliária na cidade. O projeto foi muito estimulado pelo convite dos parceiro(a)s da Cia Estável para apresentarmos na I Celebração teatral do 1º de Maio.


A partir dessa experiência e sobretudo da aproximação, colaboração e aprendizado com o MTR-SP (Movimento de Teatro de Rua de São Paulo), passamos a estruturar nosso grupo para um trabalho de teatro para todos, mais coerente com nossa trajetória e visão de mundo. Os integrantes do Nóis na Mala passaram pelo sistema publico de ensino, tanto colégio como universidade e, por tanto, tendo a formação paga majoritariamente pela classe trabalhadora. O teatro de rua e o teatro feito fora dos tradicionais centros de veiculação, são um posicionamento político claro em dedicar nossa produção a discussão de conteúdos que digam respeito a classes além daquelas frequentadoras de teatro e com uma forma que de fato dialogue com todos.

Danilo Minharro, João Alves e Bruno Cordeiro. I Celebração 1º de Maio, Arsenal da Esperança 2013.

O "Samba pra Construção" começou com um texto de João Alves a partir da obra "A especulação Imobiliária", de Ítalo Calvino. A obra tras um drama vivido sob a ótica da burguesia e a ideia foi transpor para o trabalhador a discussão a cerca da especulação imobiliária na atualidade. Optamos também pela forma da comicidade popular, acreditando ser uma forma com alto grau de comunicabilidade e ao mesmo tempo capacidade de explicitar contradições e uma visão crítica. Na pesquisa buscamos referências nas teorias e prática de Augusto Boal, Henry Bergson, Bertolt Brecht, Dario Fo, Leo Bassi e o trabalho do grupo teatral e parceiros de luta pela arte pública, Trupe Lona Preta.

Mostra do Moinho, 2013.


Parte de nossa pesquisa foi a elaboração de uma cena-síntese do espetáculo e apresentação da mesma na rua e em eventos como a já citada Celebração do 1º de Maio no Aresenal da esperança, bem como sua segunda edição em 2014, e saraus e mostras como Mostra da Favela do Moinho, Mostra Vocacional Parelheiros, Sarau Sacolão do Jd. Mitsutami, Feira de Teatro do Oprimido (Guarujá 2013, Sto André 2014).


Sarau do Jd Mitsutami, 2013.

Nessa fase do processo o espetáculo era feito por Bruno Cordeiro e João Alves e passou por um processo de colaboração de companheiro(a)s que fizeram apontamentos de direção como Ana Souto, Maria Sílvia do Nascimento (Cia Asfalto de Poesia), Marina Vecchione Ungaro, os companheiro(a)s do grupo teatral Buraco D'Oráculo. Hoje o espetáculo esta sendo reformulado, com João Alves na direção e na atuação Bruno Cordeiro e Renan Lushon. 









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